Você
ajudou-me a estar de pé
Quando ficar de pé é-me tão difícil.
Estar de volta...
Ao mundo real
De olhos abertos para o novo.
Será que devo?
Romper o lacre.
E mostrar o primitivo
Transmutar de sentimentos.
Em minhas almas desencontradas.
Estar de pé...
Uma realidade quase impossível
De suportar.
Experimento o ato de desembrulhar-me.
Entro e saio.
Desnudo-me aos teus olhos.
Cinzelada por tuas mãos
Amparada por teus braços.
Com espanto de aprendiz
Entrego-lhe o coração despido.
Transpareço...
Razão, emoção, amor.
Erguida sobre os ossos dos pés
No corpo
Na alma.
Vagarosamente deixo-me ir...
Brota uma nova mulher cá dentro.
Pronta para o amor.