REVELAÇÃO

Pois metade de mim é partida
a outra metade é saudade.


Oswaldo Montenegro

sábado, junho 30, 2012

Resgate


Embalo o tempo em uma rede
E suavemente balanço
Em um resgate...
De todos os meus sonhos.


Suavidade


Há momentos
Em que a gente imagina
Que é quase possível
Delinear as ternuras das flores
As suavidades saltam aos olhos.


A minha bagagem



Na minha bagagem
O que eu tenho
É o que eu levo
É tudo o que preciso
Sou hóspede da vida
Bastam-me as cores
Que brotam das flores.


Beleza


A borboleta azul
Bate as suas asas 
Nos mares do sul
Um momento 
Eternizado no tempo.


Rebentação de cores


As borboletas nas flores
São a rebentação das cores


sexta-feira, junho 29, 2012

Você que voa comigo


Aqui entre as minhas cores
Acolho-te em meus braços.
Você tornou-me essencial
Você que voa comigo.
Que plana sob o meu céu...
Asas que passam,
Que sentem,
Que ficam...
... Por um momento.
Mas que voltam.
Minhas cores com você
Ganha novos tons.


Primavera


E quando me chegar à primavera 
Serei como uma borboleta a desnudar o casulo
Plainando sob a luz do teu olhar.

Amor gera amor


O amor não é hóspede do coração
Ele é dono!
Portanto,
 Cuide bem do coração 
Que te alimenta de amor
Ele não aceita nada além de ternura
E acredite:
Amor gera amor!
Não basta receber amor
É preciso saber amar
Não que o amor seja uma espécie de comércio
É apenas uma troca de sentimentos...
Ditados pela benevolência,
Pelo afeto e pela fraternidade...
E isso requer zelo e dedicação de cada de nós.


quinta-feira, junho 28, 2012

Sensação



Com suas plumas agridoces
O vento acariciava o silêncio
Senti-o atentamente.

A menina que há em mim


A menina que há em mim
Tem um sorriso distante
Que já sorriu pra mim
A menina que há em mim
Um dia bordou asas nas nuvens
E pela imensidão voou
A menina que há em mim
Tinha quase nada... 
...tinha quase tudo.
A menina que há em mim
Esta por ai...
Na lembrança de um poema.

O silêncio fala


O silêncio é o grito da alma.
É quando as palavras se calam
E o mistério cria falas...
Na brisa mansa da madrugada.
Na indolência da dormência da noite.
Na ternura das folhas do outono
Que jazem esquecidas no chão.
É quando se ouve o som
Da árvore que brota no campo.
E Também se ouve o balé sem som
Das estrelas riscando o céu.
É quando se pode ouvir a magia
Dos brotos dando vida aos seus sonhos
Enfim...
O silêncio é a linguagem perfeita
O idioma falado
Somente pela alma dos poetas.

O poeta no papel


O poeta aguça os sentidos...
Acordando as palavras.
E estabelece uma linha
 Conjugal com a escrita.
Colando os pedaços que faltam 
Da poesia que escoa pelo tempo.
Somente a alma de um poeta 
Consegue sentir essa carência.
O essencial...
Alimento das emoções
Que nutre o poema.
O poeta relata tudo que há
E o que não há.
Concebendo dentro das letras.

quarta-feira, junho 27, 2012

Tuas mãos


As tuas mãos desenham em mim
Acendem o meu firmamento
Suas mãos desassossego...
... No centro de mim
Sob as tuas mãos...
...Sou salamandras mágicas
Nelas sou chamas...
...Sou vida
Tuas mãos...
...Acendalha.

terça-feira, junho 26, 2012

Alma


Alma...
É a florescência enviada dos céus.
Liberto a minha alma 
Que rasga o véu do tempo
E tudo acontece...
No poema que emerge.
Gosto do encanto desse encontro!
Quando rompe a raiz da memória
Até o último pensamento.
E os sentidos se projetam
Até o derradeiro olhar.
É a vida não para...
Sim, é a vida.
Pedindo um pouco mais de tempo
Pedindo um pouco mais de alma
No poema que emerge.

Perseverança ou teimosia?


Nas mãos se aconchegam
Novos gestos
Novos momentos...
Novos sentimentos tornam-se vida.
Chama-se a isso perseverança
ou
Quem sabe seja apenas teimosia.
Abrindo janelas no tempo...
Libertando sonhos adormecidos
E tecendo asas em lugar de amarras.

Gentileza


Gentileza...
Sentimento ofertado!
Que desliza e traz o tom...
A visão da brandura da alma.
Onde encerra a beleza que adorna o amor
Que nos une em dois... Ou mais.

Mão do tempo


Por trás do que sentimos
Há coisas que nos marcam para sempre.
Mas temos que respeitar o nosso tempo.
Se forem lágrimas... Choremos.
Se forem alegrias... Sorriamos.
Compasso e harmonia
Na disposição que nos é oferecida pela vida.
 Assim acolheremos nossos sentimentos
Sem necessidade de sermos fracos ou fortes.
Apenas sendo nós mesmos
Considerando os nossos limites.

Delicadeza


A poesia invade os espaços
E reflete na imagem que vejo
Gravando em meu olhar
A paisagem que ficou em mim...
Delicadeza.

Luz


Basta acreditar 
Que a luz penetra
E aporta
Onde sempre há esperança
Depois...
Novos caminhos serão preenchidos.

Acredite


Faça do teu olhar
Uma imensa janela
Sem sombras!
Imagine... sonhe
Acredite... voe
Acaricie a imensidão 
Com tuas asas.

Paciência


Na paisagem despida do tempo
A brisa sopra vida...
Tonalidades
Contrastes
Matizes
E a ternura reaparece.
Para que a vida ganhe cor
Há que se ter paciência.

segunda-feira, junho 25, 2012

Gotejando esperança


Em delicados fios de seda
O presente tece o futuro.
É isso...
Produz encantamento!
Novos tempos...
Gotejados de esperança.


sábado, junho 23, 2012

Seria um traço de ternura?


Ouviam-se lá fora os ruídos
O silêncio provinha de dentro
Ao fundo...
Na alma da mulher.
A sua volta
 O sol permanecia majestoso.
Entretanto,
 Em seu interior havia uma geleira.
Mantinha a face uma rigidez de mármore
Indiferente a beleza do dia.
Mas reparei que por um momento
Havia um desassossego em teu olhar...
Que se pintava em labaredas
Ao fitar um botão que não floriu.
Seria um traço de ternura?

quinta-feira, junho 21, 2012

Há frutos que não colhi


Há frutos que não colhi
Na polpa doce do tempo.
Há pingos de néctar
Nos fios de minha memória.
Há um eclodir de cores e sabores
Nas ramagens dos meus outonos.
Eventualmente fico a sorver...
A aragem açucarada dos ventos.
Presente nos bagos maduros
Dos frutos que não colhi.
Por tempo indefinido
Inalo o doce aroma da esperança.

Promessas estagnadas


De repente percebi que estava vazia de mim
De ti, do nosso amor...
E em minhas raízes nuas
 Senti a solidão úmida do chão.
Umedecidas pelos teus mares de promessas...
Que se estagnaram em águas
Profundas e escuras.
E é nestas águas que hoje mergulho
Dando braçadas a procura 
Das juras prometidas.
Mas apenas me vejo submersa...
 Em um lago de palavras adormecidas
E esquecidas pelo tempo.



O que é bonito tem vínculos dentro do tempo e da distância. (May Lu)

Reciprocidade