REVELAÇÃO

Pois metade de mim é partida
a outra metade é saudade.


Oswaldo Montenegro

sábado, agosto 31, 2013

sexta-feira, agosto 30, 2013


Serenamente me deixei guiar pela liberdade...
Dei-me ao direito de seguir meu coração.

domingo, agosto 25, 2013

O oculto

...
Cada parede retém o que lhe vai dentro
Não a julgue pelo seu exterior.
...
Os olhos contemplam a superfície de um lago
Mas estes mesmos olhos não o vêem na profundidade
Onde a vida germina em silêncio.
...
Talvez a árvore no alto da montanha seja solitária.
...
No ventre do universo desconhece-se a alquimia.
...
Pois que algumas adversidades da vida
Só fazem sentido quando as são sentidas.


sábado, agosto 24, 2013

Sou dona de mim


Houve um tempo em que fui abusada
Houve outro tempo em que me deixei abusar
Agora sou dona de mim
Outrora o temor transfigurou a infância da menina
Posteriormente a mulher deixou-se intimidar
Agora sou dona de mim
Por muito tempo despojei dos meus sonhos
E fui tudo o que pude nos sonhos de alguém
Agora sou dona de mim
Subo num salto
Coloco meu melhor sorriso
E vou ser feliz
Afinal há-me toda uma vida para ser vivida
Pois que sou dona de mim.

sexta-feira, agosto 23, 2013

Falando de sonhos


Tenho em mim os sonhos que me são necessários para continuar sonhando
Sonhos que são meus.
Sonhos que me fazem acreditar
Que vale a pena sonhar.
Sonhos que me amanhecem por dentro
Trazendo-me o horizonte tão perto do olhar.
Sonhos que me fazem saber quem eu sou.
E enquanto os tiverem comigo
Não me perco de mim.
Pois que tenho dentro___
____ Sonhos nas cores da minha vida.

Apenas solidão


Em noite sem luar
Vaga só
Alma solitária.

quinta-feira, agosto 22, 2013

Falando de amor


Simples assim...
Não se pode avaliar o amor por quantia ou medida
Cada um o recebe e o doa conforme a essência do seu coração.
Dimensões não foram feitas para o amor
A minha acepção do mesmo não é o de outrem .
O essencial é amar.

terça-feira, agosto 20, 2013

Gosto de frestas


Gosto de frestas
Pois quando o mundo parece-me sombrio, as cores escondem-se...
As frestas com todas suas pequenezes deixam-me entrar os insistentes raios de sol.
Gosto de frestas
Pois que são pequeninos feixes de luz a iluminar-me o caminho
Quando minha alma encontra-se ao meio de tenebrosa escuridão.
Frestas são teimosas
Já que penetram em espaços inacessíveis de mim
Sondam-me, acalmam-me e me salvam.

segunda-feira, agosto 19, 2013

harmonia


Pois que o poema é a chave que me harmoniza a alma no corpo
Ele avança tomando desde o aberto ao ventre
E de repente sou o todo de mim
Pois que o poema faz-se sozinho
Ele invade, preenche e liberta
Ou talvez ele seja só permanência.

quarta-feira, agosto 14, 2013

Pois que o meu melhor depende de mim


Que eu saiba acariciar os meus medos, as minhas incertezas...
Para que eu possa abraçar e compreender toda a imensidão que há em mim
Que eu tenha sensibilidade e percepção
Para descobrir-me em horizontes nos espaços que me circundam
Que eu seja capaz de encontrar o meu sorriso
A minha fé, a minha ternura...
Adentro dos recônditos que me moram dentro
Porquanto dos meandros que me habitam sinto apenas um desejo:
Discernir o que não vejo
E descobrir-me nas cores que me segredam
Pois que são elas que colorem as minhas ausências.

terça-feira, agosto 13, 2013

Desafeto com o tempo


Tempo, tempo, tempo...
Que tal ponderar?
Seja célere em meus momentos insanos
Seja mais brando em meus momentos de ternura.
Tempo, tempo, tempo
Que teima em ser afável em meus dias de lamentos.
Obstinado prolonga-me as horas de angustias
E assim bebo as minhas dores em gotas.
Porque ser tão comedido em meio aos meus tormentos.
Sinto-me aprisionada diante dos seus passos lentos.
Tempo, tempo, tempo
Tão fugaz e tão efêmero a roubar-me indiferente 
Os momentos de doçuras.
Dissimulado e nada bondoso 
Não deixas que minha alegria floresça.
Tempo, tempo, tempo
Respeite as minhas idas e vindas.
Deixa de teimosia
Deixa-me ser poesia.

segunda-feira, agosto 12, 2013

Quando me achei


No meu esforço de acertar privei-me de viver
Perdi-me de mim mesma
Perdi-me sem ao menos tentar
Enleada em mundos de outrem que não os de minha alma
Deixei de ser horizontes e fui somente fronteiras
Ao longe as manhãs me acenavam em promessas
Sequiosa em minha alma peregrina 
Matizei aquarelas inteiras
Pintei um mundo infindo...
... Só com as minhas cores
Desaguei em rios e mares
Entranhei em desertos e oásis
Conquistei um mundo... 
... Sem medos
Sem caminhos, sem pegadas
E foi ali que me achei...
... No meu mundo devaneio.

sexta-feira, agosto 09, 2013

Criando raízes


Por vezes acariciei a dor.
Posteriormente olhei para trás
E fiquei com uma estranha sensação de desapontamento.
Pois que o choro pareceu-me tão inutilmente.
O tempo fez o renovo dentro de mim.
...
Por vezes a angústia bateu-me a porta
Superpondo-se em espectros
Os labirintos de minha alma.
E por vezes a esperança chegou-me mansa
Fabricando sonhos em meus becos desertos.
Trazendo-me motivos para ficar bem.
...
Por vezes enfrentei os meus medos
E me descobri mais forte de dentro pra fora.
Aprendi que não se pode andar para trás
E nem correr para frente.
Há de se caminhar sobre o caos...
O aprendizado é maior.
...
Por vezes estive no chão
E descobri...
Que é no chão que firmo raízes.
É onde floresço
E partilho o meu melhor.
...
E se por vezes sorri ou chorei
Foi porque os momentos eu vivi.


O que é bonito tem vínculos dentro do tempo e da distância. (May Lu)

Reciprocidade