A alma chora
É frio, é chuva lá fora.
É chuva cá dentro
É chuva cá dentro
É chuva que chora
Um choro contínuo,
De alma molhada.
São lágrimas frias e finas
Em forma de garoa.
Que me molham os gritos...
Gritos que ninguém ouve.
Gritos de alma ferida...
Vindos da alma gelada.
Vindos da alma gelada.
Então como falar de vida?
E pintá-la em arco-íris
Se as cores me foram lavadas.
Já escrevi de carinho
De afeto espalhado pelo caminho.
Já escrevi um poema colorido
Tendo o coração dolorido.
Somente para enfeitar
E ver a alegria brotar...
Aos olhos de quem me lê.
Entretanto,
Não eram palavras minhas.
Eu não me via estampada nas linhas.
Aos meus olhos chegavam
Apenas contornos sem tintas.
Não há cor que me fende
Não sou colorida por dentro.
Não sou colorida por dentro.
No peito trago a herança
Das folhas secas do outono.
Eternas folhas cinzentas!
Foi quando então decidi
Escrever do meu reflexo no espelho.
Aquela que vive na penumbra
De uma distante infância.
Na chuva fria e contínua
Permanece a criança.
(Poderia pintar-me cor verde esperança
Para depois quando a máscara cair
Retocar-me cores de cinzas...)
Na chuva fria e contínua
Permanece a criança.
(Poderia pintar-me cor verde esperança
Para depois quando a máscara cair
Retocar-me cores de cinzas...)
3 comentários:
É lindo seu blog, e as poesias que nele contém... Parabéns.
Sou seguidora desde já. Espero que se der, você passe pra conhecer meu cantinho, e que se gostar me faça companhia por lá também. =D
Sera um prazer te receber. Vou adorar manter contato com você e seus post's. Desde já... Agradeço... Obrigada!
Uma ótima semana, uma abençoada noite de segunda-feira.
Abraços, Tati.
http://tatian-esalles.blogspot.com.br/
Att.
Boa noite...Lagrimas e chuva, quando se misturam, da-se a melodia de uma nova musica, a do coração, que limpa e tonifica a alma!
Bjinhos carinhosos, adoro te ler.
Voltarei mais vezes, me espere!
A chuva é a mais perfeita poesia,
ao lado do silêncio.
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