Somos todos cercados de grandes silêncios
À espera das palavras certas
As que retêm a claridade
Dos mais profundos sentimentos
Retidos na memória...
Carregada de feridas,
Dores e cicatrizes
Adquiridas ao longo de nossas vidas
Das quais nunca nos curamos
É no silêncio de nossas almas
Que perduram tais sentimentos,
É onde enterramos vivos
Tudo que nos queima
Recobertos por uma perenal neblina
Uma espécie de laços e nós
Somente assim respiramos
lentamente
Com medo que algo se desate
desabe
Cá dentro,
O medo está sempre lá
No profundo,
Querendo nos sufocar
Por entre suas mãos de folhas secas
E nos obriga a encolhermos em silêncio
E ficamos sempre à espera...
Das palavras certas
Palavras emudecidas.
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