A vida
não me é inebriante, mas também não me é triste.
Tão somente
me há certa angustia nos dias vividos...
Uma saudosa e doce melancolia adormecida no
peito.
Pois
diante as tempestades desbravei os silêncios...
E
dentro dos silêncios depositei minha urgência de fuga,
Criei
minhas asas e o meu porto-solidão.
E é
como se não me amanhecesse o dia.
Ao
mesmo tempo em que me torna impossível
Repousar
sobre os dias idos...
Sobre
os aranhões na alma,
Sobre
os meus pedaços recolhidos aqui e ali.
Pois que,
me falta uma porção.
E sinto
saudades de mim!
Dos
bocados que me foram tirados.
Não que
isso signifique que eu cultive a tristeza.
Todavia,
sinto saudades dos sonhos, dos risos...
Que me
foram usurpados.
Sinto
saudades dos caminhos que não percorri,
Mas que
foram feitos para mim.
Eu
sabia e sei que estão lá, em algum lugar.
Pois eu
os conheço e os sei de cór em cada canto e recanto.
De uma
forma inexplicável eu senti os seus ventos,
Seus
aromas e as suas ternuras sobre minha pele.
E sinto
saudades de uma época em que fui inteira...
Sim, eu
sinto saudades da minha alma
E do
meu coração em um único lugar.
3 comentários:
Com amor, Incessante!
Ouvindo uma linda melodia
A vida não lhe é inebriante
Que seja vivida com alegria!
Desejo para você, amiga May Lu,
uma boa noite, um beijo.
Eduardo
Saudades de vir aqui...estive ausente do meu blogue mas, estou de volta e visitando os meus amigos.
beijo carinhoso.
Graça
Olá, queria
Belo escrito poético onde a alma se revela com sensatez...
Bjm fraterno e quaresmal
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