Quase sempre acolher a absolvição das
mágoas
É-nos um desafio.
Primeiro há de acolher a ofensa
A bofetada na cara...
Todavia nos sentimos ultrajados
Ante uma agressão.
Seja ela física ou moral.
Por vezes o ultraje e a vergonha
São-nos maiores que a dor.
Cravando-nos no peito a flecha do
ressentimento.
Que à margem alimenta-nos os maus sentimentos.
Daí em diante é preciso mais que tempo
Para acabar com o descontentamento.
É preciso novos ventos
Para esparramar o fermento...
Ventos com aromas de perdão.
E meiguice em cada movimento.
Para nos suavizar a inquietação.
Mas para tal é preciso querer.
É preciso direcionar o nosso coração
Para que a serenidade se achegue.
Reavivando em nós o sublime dentro das
emoções.
É preciso apaziguar a alma
Costurando o rasgo que nos engole por
dentro.
E nos liberte do engasgo da mágoa.