REVELAÇÃO

Pois metade de mim é partida
a outra metade é saudade.


Oswaldo Montenegro

quinta-feira, maio 16, 2013

Então sinta


Então sinta... Sinta de verdade!
Sinta de olhos abertos
Se entregue de alma
E reveja a sua maneira de enxergar o mundo
O que você vê?
Novos horizontes nas antigas linhas do tempo
Diferentes e novos traços em um mesmo cenário
O seu cenário
Agora se vista de coragem e siga em frente
Sinta os seus passos
Reinvente pegadas
Caminhe de um  lado e outro da estrada
Caminhe pelo meio
Se permita
Misture as suas cores
O seu cheiro 
Ao mundo que lhe cerca
E aceite o desafio das estações 
Sinta o rigor dos invernos
E os maravilhamentos da primavera
O calor dos verões 
E o renovo dos outonos
Sinta desde a brisa mansa até ao vendaval
Sinta o belo e o cru de cada coisa
É a vida como ela é
Há sempre um recomeço 
De suaves e árduos momentos
 Iguais?
Jamais!
Talvez parecidos em cores
Em ardores
Mas um dia, um momento...
 Sempre será diferente do outro
Então sinta... Caminhe!
E se não puder dar um passo de cada vez
Corra, pule... Reinvente!
Porém sinta as suas pegadas
Somente você pode vivê-las
Se permita aos seus medos e anseios
Aos seus erros e acertos
E carregue somente o que for bom
Cá entre nós
Sonhe!
Sonhos são capazes de unir o céu e a terra.


terça-feira, maio 14, 2013

Sentires de uma meio-louca


 Crescem-me os braços do desatino.
Atrevidas mãos
 A fantasiarem-se de pássaros-nuvens.
Lá no alto
Quais pipas ao vento
Perseguem devaneios em balões.
É voo em ritmo infindo
Em alma de uma meio-louca.

segunda-feira, maio 13, 2013

Abriram-se as cortinas



Horizontes indefinidos não me cabem no olhar.
Não me há tempo para decifrar cores
Em obscuridades que não pintei.
Já não há espaços vazios dentro de mim.
A nebulosidade sussurrou-me um adeus.
E aquarelas inteiras jorram-me em sentires
De um verão permanente.



Na unicidade de mim
As flores me são cousas necessárias.

Sou o horizonte que me habita


Com o horizonte tão perto do olhar
Vesti-me de poesia e me escorri em cores.
Hoje sou navegante-de-fantasias
Onde aquarelas se desenham sozinhas.

domingo, maio 12, 2013

Simultaneidades de mim



A nudez é presença nessa que se desvanece com o tempo
Inoportunamente me tolhe os passos e pesa-me as asas.
A outra me comanda o espírito e coloca-me de pé
Tem o bailado das asas e todas as cores do mundo.



sexta-feira, maio 10, 2013

Preciosidades


Por vezes o poeta com ternura
Garimpa sonhos esquecidos
Momentos perdidos
E os liberta na delicadeza de um poema.
Devolvendo-lhes assim o fulgor dos sentimentos
Em colo aconchegante das palavras.

quinta-feira, maio 09, 2013

Vivendo e aprendendo


A minha casa reflete os azuis que me irrompem a alma
E aproveito das luminosidades que me abraçam
Para abrir as cortinas do coração
É nele que mora uma preciosidade chamada amor
É esse amor que tem me ensinado as lições da vida
Ele me conhece bem
Já sentiu em suas mãos a minha alma
Num desassossego indefinido a procura de respostas
Pois os sonhos e as ilusões se debatiam dentro
Alimentando-me as insônias
O amor com sabedoria esperava
E o milagre da vida renovava-se dentro do tempo
Dando-me tempo necessário para aprender 
E conhecer um pouco dessa mulher que me habita
Da janela do meu quarto eu via os dias correrem
Às vezes, minha alma gritava diante das minhas indecisões
Em outras, caia num silêncio mudo
Um silêncio quase rancoroso com as mazelas da vida
Mas o amor com paciência ia abrindo caminhos
E com doçura ia me mostrado os maravilhamentos de se viver
Serenamente fez com que minha alma se acalmasse
E o coração?
Há! Este, ele o tem decorado dia a dia com esperança e fé.

quarta-feira, maio 08, 2013

Viver é um milagre


Viver é hastear-se desde a raiz
É respirar a pausa dentro da turbulência
É fazer sinfonias do silêncio
É o repouso da alma em meio ao cansaço da viagem
É quando em tempos de escuridão as cores não nos cabem nos olhos
É uma presença bonita em meio aos escombros
É o riso em meio à impermanência da vida
É um afago de pequenos e grandes maravilhamentos
Viver são esses momentos inteiros
Que nascem por dentro e nos salvam
Viver é um milagre.

Retalhos



Sentimentos são retalhos
Tecendo colchas na alma da gente.
Entre as minhas idas e vindas
Encanta-me quando encontro 
Retalhos tão meus em outras pessoas.
Retalhos enredados com várias cores...
Cores frias e escuras
Que falam de percas, de solidão e de saudades.
Cores quentes e vibrantes
Que falam de afeto, de calor e de amor.
Cores únicas que se harmonizam entre si
Criando um emaranhado de tons.
Resultando assim
Em vivazes colchas de retalhos.
Pois que são momentos, são memórias
São vidas, são histórias.
São passados e são presentes
Tão iguais e tão diferentes.
Entrelaçados retalhos 
Na alma de tanta gente.

segunda-feira, maio 06, 2013

Despertar


Quando descobri a poesia dentro e fora de mim
A minha alma encontrou o caminho de casa.


domingo, maio 05, 2013

Fios de esperança


Adoce a tua alma com poesia
Que todo o belo que vistes
Aquecerão teus dias frios e cinzentos
A tecerem fios de esperança.


quinta-feira, maio 02, 2013

Colunas


Não importa de que lado sopra os ventos
A vida sempre tem um jeito dolorido
De mostrar como devemos ser fortes
E como bambus a gente reinventa
Aguenta...
Entortamos procurando rumo
Porém firmes mantemos o prumo
Às vezes o mundo pesa
E os ombros mal suportam a provação
Mas para tempos assim
Há sempre uma coluna ou outra
Para nos sustentar
Colunas aparentes ou não
De vontade tantas
Nas voltas que os ventos nos dão.


O que é bonito tem vínculos dentro do tempo e da distância. (May Lu)

Reciprocidade