Quase a flutuar ela fica em silêncio
Ao som do vento.
Que se revela um menino serelepe
Despenteando tudo a sua volta.
Sapateando descalço
Entre delicado e arredio...
Deixando nesgas de esperança nos passos.
Ela pode sentir sua gargalhada
Espalhando no ar um cheiro de flor quando
sorri.
Colorindo todo o quintal do mundo,
em redemoinho.
Movimentando nuvens mágicas pelo céu
Num estampado céu-de-mil-cores.
Com uma coloração que era só dela.
É nesse instante que ela agradece
E abre os braços para uma prece.
Numa serena felicidade distraída
Deixa-se embalar na ternura do momento.
Pois que dias assim, não lhe são freqüentes.
Dias assim tem sabor...
Deixam-lhe na alma um suave gosto de mel.
De repente o vento toca-lhe de leve a face
Num suave beijo de despedida.
Beijo assim...
Parece poema preenchendo espaços.
A alma anseia pelo próximo.
_______
A alma anseia pelo próximo.
_______
Então o vento se deixa ir...
Prosseguindo em seu giro pelo mundo.
Entretanto,
Já não têm mais jeito de menino serelepe
Deixou atrás de si os devaneios.
Desloca-se agitado
Contraindo outros aromas, outros
movimentos.
...
(Nada é pequeno quando se prova a ternura
do vento)
2 comentários:
Realmente May Lú,nada é pequeno quando se prova a ternura do vento;principalmente quando nos tráz perfumes de alguém muito distante.Parabéns pelo poema.Lindo demais.
Bjs.
Carmen Lúcia
Nada é pequeno quando se prova a ternura do vento... há que se dizer mais o que? Que máxima cheia de amor...
Abraços
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