O riacho ao fundo do quintal
Era meu refúgio
Minha doce lembrança
Das minhas horas de fuga
Onde deixava meus farrapos...
Minhas dores e medos
Escorriam em suas abundantes águas
Levados à quilômetros de distância
Pelas copiosas correntezas
Balançando suas crinas
Eu me via no reflexo espelhado das águas
Eu quase me reconhecia
Em meio aquela visão deslumbrante
Entre os musgos e peixinhos
Em minha iminente sanidade
Divisava um meio-sorriso no canto da boca
Um brilho fugaz me iluminando os olhos
Num reencontro comigo mesma...
Mais serena e mais forte
Eu retornava em silêncio
Caminhava para casa
Para estar novamente
Cara a cara com meus demônios.
Um comentário:
"Eu retornava em silêncio
Caminhava para casa
Para estar novamente
Cara a cara com meus demônios."
Menina tu és poetisa fenomenal!
Tece as palavras e embaralhas cada verso como se quisesse nos levar pela tua alma...Adoro te ler!
Parabens sempre...bjinhos
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