Sinto-me como uma vela acesa
Consumida pelas chamas
Restando somente parafina derretida
Porque quem não tem
Não pode perder
E continuo alma esfomeada
Esburacando-me as entranhas
Retendo no ventre a noite
Onde me envolvo
E alimento-me dos lábios da escuridão
Saciando-me da verdade
Que a esperança nunca permanece
É uma iguaria muito rápida de se consumir
Passa célere como a correnteza de rio
E a maior parte do tempo estou em jejum.
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