Sob o leito do rio seco
Os corvos lhe abrem fendas
No vale de lágrimas
A flor se negou a brotar
Não há caminho
Para a água no chão
Desloca o vento
Sopra o fogo
Na alma seca do mundo
Onde a chuva não cai
Não há vida a ser sentida
Nada suaviza a visão
Na dura camada
Do âmago do sertão.
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