Muitos dizem
que devemos seguir em frente
E não olhar
pra trás...
Mas os
sentimentos vividos em mim
Assim não o
permiti.
E vez ou
outra me pego dando aquela olhadinha
Para aquela
menininha que um dia eu fui
E penso
comigo: poxa o quanto eu cresci!
E de
repente percebo que já sorri por ela
Que já
chorei por ela
Mas nunca
lhe agradeci...
Sim, nunca
lhe agradeci pelas vezes em deixou os seus espantos,
E os seus medos em um canto
E correu lá
fora para brincar...
E celebrar
a vida como qualquer criança.
Nunca lhe
agradeci...
Pelas vezes que o seu sorriso escondeu as tristezas,
As lágrimas
e as dores
E foi se
alargando em esperança...
Pois é, o
tempo foi passando
E um belo
dia eu não mais enxerguei a criança
A deixei lá... Escondidinha no casulo de mim.
Mas a tal não o fiz por medo de reviver os seus assombros
Mas sim, como
se finalmente eu a pudesse protegê-la.
Para hoje
perceber que quem me ensinou valentia foi ela
Foi ela que
me pegou pela mão e me trouxe até aqui.
Foi ela que ensinou enternecimentos, amorosidades,
E sobrevivência
a mulher que hoje sou...
É a essa menininha que hoje agradeço.